As Meditações Ativas do Osho se diferenciam das transcedentais e de outras técnicas mais conhecidas por terem sido cientificamente criadas pelo próprio Osho que para não dissociar corpo e mente utiliza-se de movimentos corporais como ponte para sensibilizar indivíduos das mais variadas preferências e personalidades e levá-los ao silêncio interior.
Durante uma hora de vivência, interagimos e vivenciamos três, quatro ou
cinco estágios para, durante esses 60 minutos, exercitarmos a meditação através
de sensações provocadas pelas técnicas que nos fazem dançar, rir, murmurar,
chacoalhar ou provocam catarses. Todos esses recursos nos proporcionam estágios
entre relaxamento e observação e, na sequência, temos pequenos intervalos para
vivenciarmos nosso silêncio interior. Este silencio não é adquirido de um dia
para o outro, ele é praticado durante a meditação, quando os pensamentos nos
atropelam e a mente nos agita para tentar nos tirar do foco e do propósito do
exercício.
A sugestão para o êxito dessa experiência é não se apegar ao pensamento,
deixando-o seguir em frente. Isso porque, em seguida, certamente virão muitos
outros ao longo daqueles 10 ou 15 minutos, e o estado de observação nos levará
a não nos apegar àqueles pensamentos para ampliar os vácuos entre as reflexões.
Como tudo na vida demanda muita pratica, o mesmo vale para a meditação.
Com a sequência das sessões, poderemos experienciar ao final dessa uma hora uma
sensação de leveza. Nos dias seguintes, nos perceberemos gradativamente mais
atentos e sensíveis também às nossas posições diante do mundo. Este é o grande
objetivo das meditações do Osho: a observação de si mesmo, trazendo um
autoconhecimento capaz de que nos fortalecer e apaziguar nossos sentimentos.
Esse processo nos dá sabedoria para enfrentar as mazelas da vida que nos
acometem sempre de forma inusitada, provocando, antes de qualquer coisa, o
impacto da surpresa. Apesar de esse choque tentar nos tirar do eixo,
adquirimos, ao longo destas práticas, tranquilidade e a capacidade de observar
a situação sem julgamentos para, então, tomarmos um posicionamento. Esse é o
aprendizado, pois, diante de um desafio, temos duas escolhas: nos vitimarmos e
entrar em desespero ou observar, respirar e buscar soluções.
Quando nos permitimos vivenciar as Meditações Ativas do Osho, nos
abrimos para um novo espaço, um espaço individual observado sem criticas
alheias, pois apenas nós sabemos o que é necessário para nos mesmos. Ao longo
destas práticas, redirecionamos o olhar para nosso interior, nos permitindo ver
sem julgar e, pouco a pouco, podemos revisitar memórias antigas que já são
desnecessárias para nós e acabam nos provocando dificuldades na atualidade.
Através das Meditações Ativas, vamos nos conhecendo cada vez mais e
desvendando nossos próprios mistérios e passamos a nos responsabilizar por nós
mesmos. Elas não nos tornam egoístas, mas nos transformam em pessoas sensíveis
às nossas necessidades diante das experiências da vida. Não podemos calçar um
sapato de outra pessoa de tamanho menor, por mais boa vontade que tenhamos,
aquela forma não cabe em nós.

Alguns improvisam recortando o bico do calçado, e caminham dessa forma
ao longo da vida, fazendo esforços e abrindo mão de si mesmos para se encaixar
em mundos alheios, na tentativa de ser “como eles”. Esquecem-se, porém, de que
não são como os outros. Cada individuo é único e, uma vez que conhecemos nossas
características e as acolhemos, somos mais serenos. Da mesma forma, a cada
avanço e aprendizado, transformamos a qualidade de nossas vidas, pois a certeza
de ter encontrado nossa própria rota torna a caminhada mais colorida.
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